sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Redação



Título, tema e parágrafo.

Sempre que nos referimos sobre a presente tríade (título, tema e parágrafo),  relacionamo-na às partes elementares pelas quais se perfaz toda construção textual. Considerando que esta requer habilidades por parte do emissor, e que, sobretudo, compõe-se de técnicas específicas, enfatizaremos a seguir sobre a importância, conceito e aplicação referente aos três elementos anteriormente mencionados.

Em se tratando da composição de um texto, torna-se necessário, antes de qualquer procedimento, sabermos o assunto sobre o qual iremos discorrer. Conjuntamente a isso, e de maneira essencial, elencarmos todas as ideias e argumentos que a ele são peculiares.

Atenhamo-nos, em uma primeira instância, ao tema, haja vista que esse se refere à ideia-núcleo, proporcionando ao emissor uma gama de posições a serem discutidas acerca de um determinado assunto.

Contextualizando-o aos casos de maior recorrência, apontamos a maioria dos concursos públicos e vestibulares, dentre os quais são disponibilizados uma multiplicidade de coletâneas, sejam elas matérias jornalísticas, charges, cartuns, poemas, fragmentos de obras literárias, entre outras. Todas retratando sobre a mesma unidade temática.

Definidos os propósitos sobre os quais incidirão de forma direta na exposição das ideias, é chegado o momento de focalizarmos nossas atenções para o título do texto, mesmo porque já apreendemos que o tema caracteriza-se por apresentar uma abrangência um pouco mais ampla. Já o título, sintetiza a ideia ora em discussão, individualizando-a, tornando-se de fundamental importância para a produção textual.

Faz-se necessário que o mesmo esteja em consonância com o tema e, principalmente, se mostrando atrativo, com vistas a despertar a curiosidade no leitor para se interagir com o discurso apresentado, pois a coerência, um dos elementos também considerados primordiais, começa a partir do próprio título. Daí a importância de se preservar a essência, ou seja, a própria intencionalidade discursiva.

Imbuídos do objetivo de compreendermos de forma sistemática sobre tais aspectos, consideraremos os exemplos em evidência:

Tema:
A influência exercida pelos meios de comunicação na convivência humana.

Partindo dessa premissa, procuraremos delimitá-la de modo a definirmos um título:

A televisão como norteadora das relações familiares.

Desta feita, concluímos que embora o assunto central manteve-se intacto, focalizou-se mais especificamente para os efeitos relacionados à televisão.


Tendo em vista a complexidade condizente à “arquitetura” de um texto, ressaltamos a composição dos parágrafos, responsáveis pela atribuição das ideias que, a partir de uma principal, desenvolvem-se outras secundárias interligadas entre si.

Estes, esteticamente, constituem todo o texto, razão pela qual os mesmos devem apresentar-se bem distribuídos, de modo a retratar de forma lógica e coerente o discurso abordado, promovendo assim uma verdadeira interação entre os interlocutores envolvidos.


A resenha crítica - Um gênero do âmbito jornalístico

Ao nos referirmos sobre o âmbito jornalístico, torna-se importante mencionarmos acerca de suas finalidades. Sendo estas, basicamente, voltadas para a informação e para a opinião em se tratando dos acontecimentos sociais como um todo. Entretanto, há também uma outra, cuja intenção é informar aos seus leitores sobre as inúmeras opções voltadas para a cultura e lazer referentes a um determinado local.

A título de comprovação, basta folhearmos algumas páginas de um jornal de grande circulação que lá ela se encontra. Trata-se de uma seção na qual existe toda uma programação relacionada a eventos cinematográficos, teatrais, shows artísticos, mostras culturais, passeios, dentre outros. Conjuntamente a esta, se encontra aquela direcionada para a crítica, cujo objetivo do emissor é descrever sobre o objeto cultural, podendo referir-se a um livro, filme, peça teatral, CD, entre outros, com vistas a estimular ou não o leitor a apreciá-lo. Como bem nos revelam Lakatos e Marconi (1996, p. 90) ao ressaltarem:

Resenha crítica é uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos: é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, resumo, na crítica e na formulação de um conceito de valor do livro feitos pelo resenhista. A resenha crítica, em geral, é elaborada por um cientista que, além do conhecimento sobre o assunto, tem capacidade de juízo crítico. Também pode ser realizada por estudantes; nesse caso, como um exercício de compreensão e crítica. A finalidade de uma resenha é informar o leitor, de maneira objetiva e cortês, sobre o assunto tratado no livro ou artigo, evidenciando a contribuição do autor: novas abordagens, novos conhecimentos, novas teorias. A resenha visa, portanto, a apresentar uma síntese das ideias fundamentais da obra.

Em se tratando de termos estruturais, pode-se dizer que o gênero possui uma estrutura livre. Tal afirmativa não quer dizer que não seja prioritário o relatar de seus principais aspectos. De modo contrário, faz-se necessário o destaque de alguns elementos, tais como:

* Referência bibliográfica – Autor (es), título, subtítulo, local da edição, editora e data.

* Dados referentes ao autor – Quando? Por quê? Onde?

* Dados referentes ao objeto analisado – De que se trata? O que diz? Possui alguma característica especial?

* Resumo ou síntese das ideias principais.

* Estilo atribuído pelo objeto de estudo – Conciso, objetivo, simples? Claro, coerente, preciso? Linguagem adequada?

* Forma – lógica, sistematizada?

Quanto à extensão do texto, esta pode variar conforme o espaço para o qual ela é destinada, sendo que, geralmente se perfaz de um texto mais curto, assemelhando-se a um resumo. A título de constatação acerca de tais pressupostos, observe a seguir um exemplo representativo:


Um gramático contra a gramática
Gilberto Scarton
Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino (L&PM, 1995, 112 páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de ideias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da gramática em sala de aula.

Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática linguística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português".

O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e linguística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos linguistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante.

Essa fundamentação linguística de que lança mão - traduzida de forma simples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser humano; um processo espontâneo, automático, natural, inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata pela linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório, nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu espírito crítico e para falar por si.

Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores - vítimas do ensino tradicional - e os professores de português - teóricos, gramatiqueiros, puristas - têm ao se depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve contra a gramática na sala de aula.

Artigo de opinião


Em meio à nossa vivência do dia a dia, estamos a todo instante nos posicionando a respeito de um determinado assunto. Essa liberdade que nos é concedida faz com que nos tornemos seres ímpares, dotados de pensamentos e opiniões acerca da realidade circundante, por vezes absurda e cruel.

Tal particularidade, relacionada a este perfil singular, desencadeia uma série de posicionamentos divergentes, os quais são debatidos e confrontados por meio de uma interação social – fato que confere uma característica dinâmica à sociedade, visto que, caso contrário, as relações humanas se tornariam frustrantes e monopolizadas.

De forma específica, atenhamo-nos ao título em questão quando o mesmo perfaz-se de dois termos básicos: Artigo e opinião. Procurando compreendê-los de acordo com seu sentido semântico, surge-nos numa primeira instância, a ideia de algo relacionado à escrita.

Munidos de tal percepção, sabemos que a mesma constitui-se de certas particularidades específicas, e mais! Trata-se de um gênero textual comumente requisitado em exames de vestibulares e concursos públicos de uma forma geral.
Sendo assim, torna-se imprescindível incorporá-lo aos nossos conhecimentos e, sempre que necessário, colocá-lo em prática. Enfatizaremos então sobre alguns pontos pertinentes à modalidade em referência.

O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao âmbito jornalístico e tem por finalidade a exposição do ponto de vista acerca de um determinado assunto. Tal qual a dissertação, ele também se compõe de um título, um parágrafo introdutório o qual se caracteriza como sendo a introdução, ao explanar de forma geral sobre o assunto do qual discutirá.

Posteriormente, segue o desenvolvimento arraigado na desenvoltura dos argumentos apresentados, sempre tendo em mente que esses deverão ser pautados em bases sólidas, com vistas a conferir maior credibilidade por parte do leitor. E por fim, segue a conclusão do artigo, na qual ocorrerá o fechamento das ideias anteriormente discutidas.

 

 

O esquema e o resumo - fortes aliados diante da compreensão textual

 

Caso parássemos para analisar, chegaríamos à conclusão de que a língua nos oferece uma infinidade de recursos para que possamos interagir com o dinamismo e com a riqueza de detalhes proporcionados por ela. Como exemplos de tais benefícios, enfatizamos o esquema e o resumo – duas importantes ferramentas que nos auxiliam na compreensão de um texto, bem como nos norteiam de modo a delimitarmos nossas ideias diante da arte de redigir.

Compreender o discurso retratado por todo e qualquer texto é estabelecer familiaridade com este, tendo em vista o único objetivo em si mesmo firmado pelo emissor – promover a verdadeira interação com o leitor. Tal ato assemelha-se à desmontagem de um aparelho, em que cada peça parece desempenhar uma função específica. Tal qual acontece à matéria discursiva, em que as palavras se manifestam por meio de frases, períodos subsequentes, parágrafos bem dispostos e, por fim, resultando numa materialidade linguística.

Apoiados no propósito de realizar efetivamente esse procedimento, podemos fazer uso do esquema e do resumo, os quais, como dito anteriormente, nos subsidiarão para tal. Ao resumirmos um texto, estamos realizando uma espécie de intertextualidade, aqui representada pela paráfrase, procurando manter sua essência e focalizar apenas suas principais ideias.

Assim acontece com a produção de um esquema, pois por meio dele separamos a ideia central, identificamos os argumentos favoráveis e contrários e, sobretudo, atribuímos a conclusão a que podemos chegar, como sendo o resultado final de nossa análise.

Quando imbuídos no propósito de redigir um texto, os referidos benefícios também se mostram bastante eficazes, pois uma produção textual só pode ser concebida plausível quando o discurso se mostra claro, objetivo e preciso. Sendo assim, para que tal propósito seja alcançado, se faz necessário, primeiramente, elencarmos o ponto de vista a ser defendido e, principalmente, nos apoiarmos em argumentos que o justificarão.

Não podemos deixar de mencionar também que ambos os recursos tendem a nos auxiliar em algum processo avaliativo, provas aplicadas nos mais variados ambientes educacionais, tais como: escolas, faculdades e cursos profissionalizantes, ou em concursos públicos e vestibulares.


O relatório
A prática relacionada à busca pelo conhecimento deve ser uma constante em nosso cotidiano. Tal afirmativa parece tornar-se ainda mais verídica à medida que nos conscientizamos de que “o saber”, tomado em seu sentido amplo, é incomensurável e, sobretudo, imprescindível ao nosso crescimento, pessoal e profissionalmente falando.

Sempre que estabelecemos contato com um assunto que, até então, não nos é muito familiar, procuramos associá-lo, primeiramente, ao nosso conhecimento de mundo, ou seja, aquele conhecimento adquirido ao longo de nossa vivência.

De forma que, ao nos atermos à questão do título em pauta, desde já o contextualizamos à nossa “bagagem” cultural e, desta feita, reconhecemos que ele se encontra relacionado à ação de relatar acerca de um determinado procedimento, fatos circunstanciais, leituras realizadas, filmes assistidos, dentre outras instâncias.

Parece que se assim procedermos, tudo torna-se ainda mais claro e evidente, não é mesmo? Mas de modo específico, partiremos para conhecer um pouco mais sobre as características inerentes a essa modalidade textual.

O relatório compõe aquela que ora se denomina de Redação Técnica, que além de requisitar o emprego do padrão formal da linguagem, ainda se constitui de determinadas técnicas essenciais à sua produção. Assim como o requerimento, a declaração, o manifesto, a carta comercial, dentre tantos outros casos representativos.

O gênero em questão costuma se evidenciar tanto no universo escolar quanto no acadêmico. Sem contar que em meio ao ramo empresarial ele também se encontra inserido, dada a infinidade de situações de aplicabilidade.

Em virtude de pertencer ao âmbito linguístico escrito, compõe-se de algumas particularidades, é o que veremos adiante:

* Título – Esse costuma ser objetivo, claro e sintético;

* Remetente – Refere-se à autoria do documento;

* Destinatário – Refere-se à pessoa para a qual é destinado;

* Assunto – É o desenvolvimento em si do discurso proferido, contendo todas as informações relevantes ao que ora se pretende relatar;

* Conclusão – Trata-se do fechamento das ideias apresentadas, ou seja, o que pôde ser obtido com o procedimento realizado como um todo.


 

 

 

 

 

Resenha

 

Quando estabelecemos familiaridade com um determinado texto, sobretudo tendo em vista que ele cumpre uma finalidade discursiva específica, precisamos compreender a essência impressa no discurso, ou seja, precisamos entender de forma efetiva a mensagem transmitida. Quando, por um motivo ou outro, isso não é possível, tudo aquilo que lemos não passa para nós de um simples emaranhado de palavras desconexas, e, sobretudo, destituídas do sentido que a elas deveria ser atribuído.

Partindo desse pressuposto, uma das formas de expressar seu entendimento acerca das ideias ressaltadas por outrem é através da resenha. Trata-se do registro daqueles aspectos mais relevantes abordados dentro de um texto. Dessa forma, mediante a produção da resenha, tornar-se-á nitidamente expressa a capacidade de síntese, de apreensão, demarcada pelo discurso do (a) resenhista. Dessa maneira, torna-se de fundamental importância a percepção das palavras-chaves, das ideias-sínteses, enfim, de tudo aquilo que se apresenta como essencial e pertinente. Em outras palavras, a elaboração da resenha seria o esquema materializado em forma de prosa, sobretudo mais bem desenvolvido no que tange à construção do discurso.

A forma prosaica (em prosa) é adotada para constituir uma estrutura definida, manifestada por uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. Aspectos esses que somente serão materializados por meio da coesão, seguida da coerência e culminando na clareza e na precisão dos enunciados.
A resenha pode fazer referência a assuntos distintos, manifestados no dia a dia. Pode também se integrar àqueles moldes cultuados no meio acadêmico, cuja finalidade se expressa pela análise da compreensão do (a) resenhista acerca das ideias ressaltadas em obras inteiras ou partes delas, como é o caso de alguns capítulos, em específico.

A resenha também pode se manifestar como uma simples descrição acerca de um determinado objeto ou de um determinado texto, sobretudo quando quem a cria não dispõe ainda das habilidades necessárias à materialização de um discurso voltado para um senso mais crítico, envolvendo, assim, determinados juízos de valor segundo concepção própria. Quando manifestadas essas habilidades, trata-se do que chamamos de resenha crítica, cuja intenção do emissor é revelar aspectos apreciativos ou opinativos acerca do objeto em análise. Pressupostos esses demarcados por meio do texto “A resenha crítica – um gênero do âmbito jornalístico”, uma vez passíveis de conferência.

O e-mail - Um gênero textual do meio eletrônico

Eis que nos deparamos com mais um gênero... Mas só que desta vez parece se tratar de uma modalidade que as pessoas utilizam mais frequentemente, não é verdade?

O termo
e-mail (redução de eletronic mail) significa “correio eletrônico”. Tem por função designar tanto a mensagem enviada por meio da Internet quanto o endereço para o qual enviamos a mensagem. Normalmente, costuma obedecer ao seguinte padrão:

nome@provedor.com.br, no qual o nome se refere ao usuário; o símbolo @ informa ao computador que o conjunto das informações é um endereço de e-mail; o provedor é a empresa que possibilita o acesso à Internet, mediante o pagamento de uma taxa; o termo “com” significa comercial e “br”, Brasil.

O fato é que as inovações tecnológicas estão em plena ascendência e, por sua vez, acabam exercendo influência no cotidiano de seus usuários. Por incrível que pareça, é notória a necessidade que a própria sociedade nos impõe para acompanharmos seu dinamismo. Quando o contrário acontece, sentimo-nos excluídos, sem contar que tal adequação nos confere também um aperfeiçoamento no que diz respeito ao campo profissional, uma vez que precisamos acompanhar essa evolução, posto que é tamanha a exigência do mercado “lá fora”.

Assim sendo, o surgimento da Internet possibilitou uma maior interação entre as pessoas. Por meio dos inúmeros recursos, tais como os sites de relacionamento, representados pelo Orkut, Facebook, dentre outros, elas têm a oportunidade de trocar experiências com outras, não importando o local em que se encontrem. De forma que, atualmente, o contato é feito de maneira precisa e dinâmica, visando a atender as reais necessidades entre os interlocutores.

Logo, ao enfatizar sobre as características linguísticas a que se refere o e-mail, temos que, em termos estruturais, ele se assemelha a outros gêneros, tais como: o bilhete, memorando e, sobretudo, a carta. Analisemos cada um de seus elementos juntamente com as funções desempenhadas por estes, de modo a efetivarmos plenamente os nossos conhecimentos:

* Vocativo - refere-se à pessoa para a qual é destinada.

* Texto -
caracterizado pela mensagem propriamente dita.

* Despedida, seguida da assinatura do remetente.

Quanto à linguagem, esta varia de acordo com o grau de intimidade entre os interlocutores envolvidos, podendo haver até redução de termos, representada pelas “inevitáveis” abreviações.


O blog - comunicando e interagindo

Caso fôssemos discorrer acerca dos benefícios proporcionados pelos recursos tecnológicos, apoiaríamos em uma infinidade de argumentos e, certamente, todos denotando um caráter positivo.

O blog caracteriza-se como uma página da web que permite a postagem de artigos organizados de forma cronológica, contando com a participação de um número variado de pessoas, dependendo de sua própria política. No que se refere ao conteúdo, este abrange uma infinidade de assuntos, indo desde um simples diário, até piadas, fotografias, links e notícias, aliando linguagem verbal e não verbal ao tema em discussão.

Antes eram tidos apenas como um diário online, atualmente, funcionam como importantes ferramentas que visam à informação e ao entretenimento. Muitos constam-se de comentários ou notícias acerca de um assunto em particular, permitindo, portanto, que o leitor interaja com o autor do texto. É nessa interação que reside a finalidade do gênero.

Quanto à linguagem, esta costuma diferenciar-se de outros veículos de comunicação, os quais se primam por um vocabulário voltado para o formalismo, pois a intenção é deixar o blogueiro completamente familiarizado com o assunto e à vontade para deixar suas impressões mediante o contato com o discurso.

Portanto, ao criarmos um blog estamos criando uma mensagem instantânea para toda a web, ou seja, escrevemos sempre que tivermos necessidade, e todos aqueles que visitá-lo, terão a oportunidade de compartilhar com nossas ideias, proporcionando assim uma recíproca interatividade.


Diário: Um gênero discursivo

Não falaremos sobre as estruturas linguísticas que demarcam o gênero em questão sem antes enfatizarmos um aspecto que se atribui não somente a esse gênero, mas aos demais de uma forma geral – o fato de eles se fazerem presente nas redações requisitadas mediante processos seletivos de concursos e vestibulares. O que geralmente se atesta é que, depois de uma diversificada coletânea, ora retratando um determinado tema, são apresentadas ao candidato (a) algumas opões, nas quais ele terá a oportunidade de optar por este ou aquele gênero discursivo.
Assim, em face dessa realidade, torna-se imprescindível que você se mantenha familiarizado (a) com as marcas linguísticas que norteiam a variedade de gêneros que permeiam as diversas situações sociocomunicativas, seja na modalidade oral, seja na escrita. Apoiados tão somente nesse intento é que iremos conhecer mais um gênero: o diário.
Partindo do pressuposto de que alguns aspectos são determinantes na materialização dos gêneros (tais como “o quê?”, “por quê?” e “para quem?”), o diário se caracteriza como umtexto no qual temos a oportunidade de registrar ideias, opiniões acerca da realidade que nos cerca, expressar sentimentos de uma maneira geral, bem como registrar fatos ocorridos no cotidiano.
Dada a realidade de que o interlocutor se revela pela própria pessoa que escreveu o diário, a linguagem nele empregada não segue os padrões formais, podendo pender para um tom mais espontâneo, coloquial. O uso da primeira pessoa do singular torna-se preponderante e a estrutura costuma não ser rígida. Contudo, normalmente, o que se verifica é o uso do vocativo (como, por exemplo: querido diário), demarcado logo após a data. Como já exposto, o diário muitas vezes não se dirige a alguém, em específico, no entanto, pode ser que a intenção se manifeste por um interlocutor determinado, sendo esse real ou fictício.
O diário pode se tornar um importante e valoroso documento histórico, haja vista que pode retratar uma determinada época ou mesmo registrar fatos do dia a dia de uma pessoa que faz ou fez parte da sociedade, como é caso do livro Quarto de despejo – Diário de uma favelada, de Carolina de Jesus, uma catadora de papel que viveu na favela de Canindé, São Paulo. Nele podemos atestar a árdua luta pela sobrevivência, retratada pelas pessoas que “clamam” por melhores condições de sobrevivência.

A entrevista - Um gênero basicamente oral

O enfoque aplicado ao termo “basicamente” se refere a uma noção genérica de que estamos acostumados a presenciar pessoas concedendo entrevistas aos veículos de comunicação, ora representados pelo rádio ou televisão, de forma presencial, ou seja, ao vivo. No entanto, há entrevistas que são transcritas para a linguagem escrita, como é o caso da ocorrência em jornais impressos ou revistas.

O aspecto que incide na diferença entre a modalidade oral/escrita é justamente as marcas da oralidade, visto que a linguagem corporal, como, por exemplo, gestos, interrupção e retomada de pensamentos, também compõem o perfil do entrevistado.

Tal gênero possui uma finalidade em si mesmo – a informação. Trata-se da interação entre os interlocutores, aqui representados na pessoa do entrevistador e do entrevistado, cujo objetivo desse é relatar suas experiências e conhecimentos acerca de um determinado assunto de acordo com os questionamentos previamente elaborados por aquele.

Referindo-nos à questão inerente ao preparo prévio, este se faz necessário em função da credibilidade requisitada pelo gênero em foco. Mesmo sendo algo relacionado à fala, o emprego de um certo formalismo e a adoção de uma postura adequada são imprescindíveis.

Analisemos de fato sobre a importância desse ato de proceder como tal. Ora, sabemos que há diferentes tipos de entrevistas, entre elas: a entrevista de emprego, a entrevista médica, a jornalística, dentre outras. A “imagem” que pretendemos passar fala muito a respeito de nós mesmos, daí a importância de nos posicionarmos de maneira condizente com os fatos circunstanciais.

Não podemos deixar de mencionar que aliado a esses requisitos também se encontra aquele a que nos é primordial - a busca incessante pelo conhecimento com vistas à amplitude de nossa visão de mundo. No caso do entrevistador, é elementar que, antes de tudo, ele tenha domínio do assunto em referência de modo a elaborar um roteiro de perguntas consideradas plausíveis e, assim, alcançar seus objetivos propostos.

Concluindo nossos conhecimentos com relação às particularidades da referida modalidade, analisemos alguns de seus elementos constitutivos. Geralmente, a entrevista costuma compor-se de:

* Manchete ou título – Como o objetivo é despertar o interesse no público expectador, essa costuma vir acompanhada de uma frase de efeito, proferida de modo marcante por parte do entrevistador.

* Apresentação - Nesse momento faz-se referência ao entrevistado, divulgando sua autoridade em relação ao posicionamento social ou relevância no assunto em questão, como, por exemplo, experiência profissional e conhecimentos relativos à situação em voga, como também os pontos principais relativos à entrevista.

* Perguntas e respostas – Trata-se do discurso propriamente dito, em que perguntas e respostas são proferidas consoante ao assunto abordado. Em meio a essa interação há um controle por parte do entrevistador para demarcar o momento da atuação dos participantes.

A notícia - Um gênero textual de cunho jornalístico

Antes de adentrarmos de forma minuciosa no que se refere às características que norteiam o gênero em evidência, ora constituído pela notícia, torna-se de fundamental importância compreendermos o sentido retratado pelo termo – gênero textual.

Ao nos referirmos a este, devemos associá-lo às inúmeras situações sociocomunicativas que circundam pelo nosso cotidiano. Todas possuem uma finalidade em comum, ou seja, uma intencionalidade pretendida pelo discurso que as compõe. Tais finalidades se divergem, dependendo do objetivo proposto pelo emissor mediante o ato comunicativo.

Em se tratando da notícia, qual seria a intenção por ela pretendida? Certamente, a de nos informar sobre uma determinada ocorrência. Trata-se de um texto bastante recorrente nos meios de comunicação de uma forma geral, seja impressa em jornais ou revistas, divulgada pela Internet ou retratada pela televisão.

Em virtude de a notícia compor a categoria preconizada pelo ambiente jornalístico, caracteriza-se como uma narrativa técnica. Tal atribuição está condicionada principalmente à natureza linguística, pois diferente da linguagem literária, que, via de regra, revela traços de intensa subjetividade, a imparcialidade neste âmbito é a palavra de ordem.

Assim sendo, como a notícia pauta-se por relatar fatos condicionados ao interesse do público em geral, a linguagem necessariamente deverá ser clara, objetiva e precisa, isentando-se de quaisquer possibilidades que porventura tenderem a ocasionar múltiplas interpretações por parte do receptor.

De modo a aprimorar ainda mais os nossos conhecimentos quanto aos aspectos inerentes ao gênero em foco, enfatizaremos sobre seus elementos constituintes:

Manchete ou título principal – Geralmente apresenta-se grafado de forma bem evidente, com vistas a despertar a atenção do leitor.

Título auxiliar – Funciona como um complemento do principal, acrescentando-lhe algumas informações, de modo a torná-lo ainda mais atrativo.

Lide (do inglês lead) - Corresponde ao primeiro parágrafo, e normalmente sintetiza os traços peculiares condizentes ao fato, procurando se ater aos traços básicos relacionados às seguintes indagações: Quem? Onde? O que? Como? Quando? Por quê?

Corpo da notícia –
Relaciona-se à informação propriamente dita, procedendo à exposição de uma forma mais detalhada no que se refere aos acontecimentos mencionados.

Diante do que foi exposto, uma característica pertinente à linguagem jornalística é exatamente a veracidade em relação aos fatos divulgados, predominando o caráter objetivo preconizado pelo discurso.



A reportagem e seus aspectos relevantes
O cotidiano jornalístico dispõe de vários gêneros, dos quais tomamos conhecimento diariamente, ora retratados oralmente, ora impressos, ou até mesmo veiculados pelo meio eletrônico. A reportagem, assim como a notícia, representa tal modalidade, cujo objetivo é proporcionar ao público leitor/expectador a interação com os fatos decorrentes da sociedade.

A notícia e a reportagem apresentam aspectos convergentes e divergentes ao mesmo tempo. Em virtude de tal semelhança, daremos ênfase não somente às características inerentes à reportagem, mas também à notícia, no intuito de compreendermos efetivamente sobre suas peculiaridades.

Os pontos em que se convergem estão relacionados aos aspectos estruturais, ou seja, é comum identificarmos na reportagem os mesmos elementos constituintes da notícia:

Título ou manchete – Geralmente escrito em letras garrafais (maiúsculas), tem por objetivo atrair a atenção do público-alvo para o que se deseja comunicar. Daí o perfil atrativo, composto por frases concisas, embora bastante objetivas.

Título auxiliar – Como bem retrata a própria nomenclatura, trata-se de um complemento do título principal, proporcionando um maior interesse por parte do interlocutor.

Lide – Refere-se ao primeiro parágrafo e, de forma sucinta, apresenta todos os aspectos relevantes da comunicação em pauta, respondendo aos seguintes elementos constitutivos: Como? Onde? Quando? Por quê? Quem? .

Corpo da reportagem – Caracteriza-se pelo desenvolvimento em si, apontando todos os pontos relevantes ao assunto abordado.

O aspecto divergente é em relação à forma como se apresenta. A reportagem precisa ir além de uma simples notificação, fato representado pela notícia. Ela é resultante de inúmeras relações de causa e efeito, questionamentos, comparações entre pontos de vista diferentes, dados estatísticos, dentre outros pressupostos.

Partindo-se de tais premissas é importante ressaltarmos também sobre como se materializa o tema proferido pela reportagem, podendo este ser narrado de forma expositiva – na qual o repórter se atém à apresentação simples e objetiva dos fatos; interpretativa – modalidade em que se estabelece conexão com acontecimentos já decorridos; e a opinativa – em que há um propósito de convencer o interlocutor acerca de uma determinada opinião.


A carta pessoal

 

Falar sobre o uso recorrente deste gênero textual, aqui representado pela carta, parece um tanto quanto retrógrado, posto que os recursos tecnológicos proporcionaram mudanças significativas no modo de ser e agir de grande parte das pessoas.

Tempos atrás, a carta e o telegrama eram os únicos meios de comunicação escrita. Atualmente, a tecnologia permite que as pessoas, mesmo residindo em lugares distintos, interajam pelos inúmeros sites de relacionamento, dialogando em tempo real, como se estivessem frente a frente.

Entretanto, torna-se essencial mencionarmos que a “era digital”, por motivos socioeconômicos, não atingiu toda a população. Há, portanto, quem ainda faça uso da carta para se corresponder com amigos e familiares que se encontram fora do convívio diário. Sem contar que, a carta, por se classificar dentre os inúmeros gêneros com os quais compartilhamos no nosso dia a dia, está entre os conteúdos relacionados aos diversos processos avaliativos, ora representados pelos exames de vestibulares e concursos públicos.

Assim sendo, ela se classifica como um gênero textual especificamente utilizado na comunicação entre pessoas que mantêm um vínculo de relacionamento, cuja finalidade discursiva pode pautar-se por objetivos diversos – fazer um convite, atribuir agradecimentos, trocar notícias entre os interlocutores envolvidos, relatar sobre um passeio, dentre outros.

Quanto aos aspectos de natureza linguística, a carta pessoal, assim como bem retrata a própria nomenclatura, se difere das demais correspondências em que prevalece um certo tecnicismo mediante regras pré-estabelecidas, como por exemplo, a carta argumentativa, a de apresentação e as demais correspondências oficiais.

Tal divergência se refere ao predomínio de uma linguagem, que varia de acordo com o grau de intimidade entre o remetente e o destinatário, podendo prevalecer tanto o padrão formal quanto o coloquialismo. De modo a efetivarmos nossos conhecimentos acerca das particularidades inerentes ao gênero em questão, atentemo-nos para os seguintes elementos:


* O local e a data – Geralmente compõem as partes iniciais, se encontrando posicionados à esquerda da folha;

* O vocativo – Como se trata de uma comunicação relacionada a um assunto livre, poderá haver o emprego de alguns termos coloquiais, até mesmo gírias ou que denotem uma intimidade maior entre os interlocutores, tais como: Querida amiga; brother, caríssimo companheiro, etc. O vocativo pode ser seguido de dois pontos, vírgula ou não conter nenhum sinal de pontuação;

* O texto – Trata-se do discurso propriamente dito, sendo desenvolvido de acordo com a finalidade a qual o remetente se propõe;

* A despedida e a assinatura – Como dito anteriormente, dependendo do grau de intimidade estabelecido pela convivência, a despedida tende a variar, podendo ser formal ou mais cortês, com vista a retratar uma certa afetividade.
Quanto à assinatura, constará apenas o nome do remetente, sem atribuição ao sobrenome, algo bem simples, sem resquícios de formalidades.

Outro aspecto elementar da referida modalidade está no fato de que ela é enviada pelo correio. Para tanto, precisa-se de todos os dados necessários a fazer com que a comunicação seja realmente efetivada, ou seja, na frente do envelope deverá conter os dados do destinatário– nome, endereço completo e CEP. No verso, deverão constar os dados referentes ao remetente, seguidos também de todos os elementos citados.


Anúncio classificado

Você já percebeu quão grande é a diversidade de textos com os quais travamos familiaridade no nosso dia a dia?

Em função disso, novamente estamos diante de um gênero textual bastante propagado pelos veículos de comunicação em massa, tais como jornais impressos, revistas e até pelos jornais divulgados no meio eletrônico.

O gênero textual denominado “anúncio classificado” possui uma característica que lhe é intrínseca, a persuasão. Como a finalidade discursiva pauta-se por divulgar algo, o objetivo é, realmente, persuadir o interlocutor com vistas a satisfazer tal pretensão.

Comumente, temos a oportunidade de nos deparar com anúncios de diversas naturezas: venda, troca, aluguel de imóveis, veículos, objetos, dentre outros. Há também aquele anúncio no qual o emissor oferece vagas relacionadas à oferta de empregos, como também existem profissionais que se dispõem a oferecer sua mão de obra de acordo com a sua formação e experiência obtida ao longo do tempo.

Em relação à maneira como são dispostos, geralmente costumam ser separados por categoria. Até mesmo por uma questão de estética e organização, como também para facilitar o contato por parte do interlocutor.

No que se refere ao discurso, esse se apresenta conciso, claro e objetivo. A presença de uma linguagem não verbal (imagens) atua como uma fonte atrativa. Outro aspecto de total relevância é que o emissor procura estabelecer um contato mais direto com o público-alvo, ao mencionar dados pessoais que possibilitem um contato maior, tais como número de telefone, endereço físico ou eletrônico ou qualquer outro.

Analisemos, pois, um pouco mais sobre a estrutura inerente ao gênero em questão:

Título – Costuma ser atrativo, claro e direto;

Corpo do texto – Constitui-se das informações necessárias a alcançar o que se pretende, como, por exemplo, dados completos acerca do produto anunciado;

Meio de contato – Imprescindível para que a comunicação se efetive.


A Carta Argumentativa

Situando-nos diante do contexto que hoje rege de modo contundente as relações sociais, determinados meios de comunicação parecem não se adequar mais aos ditames vigentes.

Mediante tal afirmativa, remetemo-nos ao assunto ora em discussão, ou seja, a carta. Durante muito tempo esse instrumento vigorou como sendo a principal, senão a única, alternativa da qual as pessoas dispunham para manterem contato entre si.

Mas como sabemos, a evolução é algo essencial à nossa vivência e, como tal, ela se faz presente a cada dia que passa, permeando os mais diversos setores da esfera social. E para sermos um tanto quanto precisos, ressaltamos o caso dos recursos tecnológicos. Estes, por excelência, estão gradativamente se entremeando no cotidiano das pessoas e, de certa forma, influenciando-as no que diz respeito ao comportamento adotado.

Diante disso, retomamos sobre a recorrência da carta, pois torna-se notório que a mesma cedeu lugar às inúmeras formas de comunicação que atualmente norteiam a convivência humana, como é o caso do E-Mail, Orkut, MSN, entre tantos outros. Tamanha diversidade surgiu no intuito de dinamizar e ampliar o contato entre os seres e seus semelhantes.

Mediante essa ocorrência, será que devemos abolir a existência e, sobretudo, a utilidade inerente à carta? De forma alguma, mesmo em meio a tanta tecnologia, tal recurso comunicativo ainda prevalece, até porque nem todas as pessoas tiveram a oportunidade de compartilhar deste crescente desenvolvimento. Não somente por este motivo, mas também em virtude de a carta, na qualidade de gênero textual, compor um dos conteúdos requisitados pela maioria dos concursos públicos e vestibulares.

Em decorrência disso, e principalmente por nos referirmos sobre algo pertencente à linguagem escrita – uma vez que esta constitui-se de elementos específicos, é que devemos nos conscientizar da importância de estarmos aptos a compô-la de maneira correta.

A carta argumentativa é um texto que, como a própria nomenclatura revela, pauta-se por persuadir o interlocutor por meio dos argumentos por ela atribuídos. A intencionalidade discursiva é retratada por uma reclamação e/ou solicitação por parte do emissor no sentido de convencer o destinatário de forma específica (geralmente na pessoa de uma autoridade ou alguém com poder de decisão) a fim de que o mesmo possa atender à solicitação ora realizada.

No que se refere à linguagem, esta poderá ou não ser totalmente objetiva, mas certamente deverá ser clara e coesa.

Quanto à estrutura, ela compõe-se dos seguintes elementos:

# Local e data;

# Identificação do destinatário;

# Vocativo – o nome da pessoa para a qual a carta é endereçada. Neste caso, o pronome de tratamento ocupa lugar de destaque, dependendo do grau de ocupação/função desempenhada.

# Corpo do texto – É a exposição do assunto em si, de forma a abordar todos os aspectos pertinentes de maneira clara, sucinta e precisa.

# Expressão de despedida – Tal procedimento pode variar em se tratado do grau de intimidade entre os interlocutores, podendo ser mais formal ou denotando certa informalidade.

# Assinatura do remetente.

O anúncio publicitário - Uma análise linguística

 

Basta sairmos pelas ruas que tão logo nos deparamos com uma infinidade de faixas, cartazes, anúncios, outdoors... Todos envoltos por um único objetivo: o de atrair a atenção do leitor mediante o ato comunicativo.

O discurso apresenta-se de forma variada – divulgando um determinado evento, como por exemplo, um show, uma feira cultural, de moda, anunciando uma promoção referente ao comércio lojístico, anunciando um produto que acabara de ser lançado no mercado. Enfim, vários são os objetivos traçados por parte do emissor, tentando persuadi-lo de alguma forma.

Diante de tal finalidade discursiva, a linguagem, necessariamente, precisa não somente ser clara e objetiva, mas também, bastante atrativa. Para tanto, torna-se indispensável o predomínio de uma linguagem não verbal, uma vez que imagens tendem a ser mais chamativas e, consequentemente, contribuem para a concretização dos objetivos propostos. E, falando sobre linguagem, é essencial que saibamos sobre um aspecto bastante peculiar – a presença de alguns recursos estilísticos voltados para a conotação, ou seja, passíveis de múltiplas interpretações. Assim, metáforas, comparações, hipérboles, dentre outras, são indispensáveis. Analisemos, pois, um caso representativo:

http://www.portugues.com.br/public/conteudo/images/anuncio-publicitario%281%29.jpg
 
Defrontamo-nos com uma linguagem ambígua – o fato de o sorriso ser amarelo em seu sentido literal, como também representar aquele sorriso sem entusiasmo, enfadonho, abnegado de qualquer traço atrativo. Percebemos que o próprio produto (marca) intertextualiza um procedimento inerente às atitudes humanas – o sorriso.

Quanto aos elementos que constituem o gênero em pauta, destacamos:

Título – Compõe-se de frases concisas, porém atrativas.

Imagem – Representa um elemento de fundamental importância para o discurso, dado o seu caráter persuasivo.

Corpo do texto – Trata-se do desenvolvimento da ideia em si, proporcionando uma interação entre os interlocutores por meio de um vocabulário sugestivo e adequado ao público-alvo.

Identificação do produto ou marca – Constitui-se de uma assinatura do próprio anunciante, podendo também haver um slogan – uma frase curta que defina o produto anunciado. No exemplo acima podemos perfeitamente constatar este fato.

Partes constituintes dos textos jornalísticos

A noção de que os distintos gêneros se encontram permeados na nossa vida em sociedade se torna cada vez mais cristalizada, haja vista que compartilhar de situações comunicativas representa uma das posturas enquanto parte constituinte de uma coletividade.
Partindo desse princípio, relevante é, também, enfatizarmos acerca das finalidades discursivas que os norteiam, sobretudo aqueles que estão diretamente relacionados com o assunto sobre o qual trataremos por meio do artigo em questão – os jornalísticos, por excelência. Acerca deles um aspecto parece emergir e ganhar certa representatividade em termos de discussão – o fato de que quando estabelecemos familiaridade com a modalidade em pauta, isto é, ao pegarmos o jornal para folhear, nem sempre nos damos conta dos principais aspectos de que dele fazem parte – ora essenciais à nossa compreensão enquanto interlocutores, entre eles, estes abaixo retratados:
* Título –A priori já dispomos de uma noção que demarca essa importante parte, haja vista que, sem sombra de dúvida, representa aquele elemento que chama a atenção do leitor para apreciar acerca do que realmente se trata o assunto, razão pela qual ele deve ser o mais atrativo possível, geralmente demarcado por letras garrafais e em negrito.
* Subtítulo –Literalmente, atesta-se que se trata de um elemento que reforça a intenção prestada no título, ou seja, um elemento que aparece para somar, para acrescentar algo a mais às informações anteriormente reveladas. O intuito, como não poderia deixar de ser, revela-se por chamar ainda mais a atenção para o que vem adiante.
* Legenda -Não são raras as vezes em que nos deparamos com as gráficos, tabelas, fotografias, desenhos. Tais elementos cumprem uma função especial: caracterizar, descrever os aspectos impressos na ilustração e conferir apoio à própria matéria jornalística, informando acerca dos fatos noticiados. Dessa forma, encontram-se demarcados na legenda, sendo que tal parte caracteriza-se como uma frase curta, concisa e objetiva.
* Texto-legenda –equivale dizer que esse elemento, assim como subtítulo, acrescenta informações relevantes à legenda, tornando-a mais ampliada, mais completa em termos de informação para o leitor.
Mediante tais pressupostos, é bem possível que você atente mais nos aspectos que aqui foram elencados, tornando assim um leitor ainda mais eficaz, assíduo e competente.

Carta do leitor

Deparamo-nos com uma modalidade relacionada aos diversos gêneros textuais que permeiam a nossa convivência em meio à sociedade. E por assim dizer, você já teve a oportunidade de enviar, ou mesmo já se dedicou a ler alguma?

Caso sua resposta seja negativa, não se assuste! O dinamismo pelo qual perpassa as relações sociais é tamanho e, em função disso, nem sempre temos o privilégio de priorizarmos esta ou aquela tomada de atitude.

Tendo em vista que o conhecimento deverá ser concebido sempre como algo não mensurável, ampliaremos os nossos conhecimentos acerca das características concernentes a mais uma situação comunicativa da qual compartilhamos cotidianamente.

Geralmente veiculada pelos meios de comunicação representados pelos jornais e revistas, a carta de leitor pauta-se pela exposição de determinados comentários por parte do emissor. Ele, ao travar conhecimento sobre uma matéria jornalística divulgada por um jornal ou revista, tem a liberdade de expor sua crítica, apresentar seu elogio, expressar alguma dúvida e até mesmo sugerir algo acerca do assunto ora relatado.

Quanto aos aspectos referentes à linguagem, há uma flexibilidade no que tange ao público-alvo, ou seja, em se tratando de um público mais jovem, poderá prevalecer uma certa informalidade, e no caso de uma revista destinada à informação, como por exemplo, Veja, Isto é, Superinteressante, dentre muitas outras, a linguagem tende a ser mais formal.

Não deixando de mencionar sobre os elementos que a constituem, estes se assemelham aos da carta pessoal, tais como: data, vocativo (a quem a carta se dirige), corpo (a mensagem propriamente dita), despedida e assinatura do remetente.

Em virtude de haver variação quanto à complexidade das cartas enviadas (tamanho), a equipe de redação do jornal tem plenos poderes para condensá-las, com vistas a torná-las aptas à publicação, mesmo porque o espaço a elas destinado não é muito amplo. Quando publicadas, as cartas costumam ser agrupadas por assunto, isto é, relacionadas às devidas matérias jornalísticas a que se referem.

Abaixo-assinado - Um gênero textual reivindicativo

Em meio à dinâmica que norteia nosso cotidiano, nem sempre nos atemos às nossas atitudes, até porque uma característica inerente ao ser humano é priorizar àquilo que retrata novidade. Em função disso, algumas delas tornam-se banais aos nossos olhos.

Exatamente pelo caráter corriqueiro é que não percebemos, mas a todo o momento estamos argumentando e contra-argumentando, mediante as mais variadas situações das quais compartilhamos.

E quando se trata de tal argumentação, a mesma está condicionada ao privilégio que nos é atribuído enquanto seres humanos ímpares – o de podermos expressar nossas opiniões, revelar nossos sentimentos e, sobretudo, manifestar nosso senso crítico diante dos fatos pertinentes às relações sociais como um todo.

Aqui, de forma específica, enfatizaremos sobre um dos gêneros textuais comumente utilizados no nosso dia a dia – o abaixo-assinado. Trata-se de um texto de cunho argumentativo, no qual um determinado grupo de pessoas se mobiliza em prol de uma reivindicação destinada a alguém com poder de decisão, visando à solução da problemática ora requisitada. Lembrando de que, ao nos referirmos sobre este alguém, estamos relacionando-o a reitores de universidades, autoridades políticas de uma maneira geral, síndicos, representantes de bairros, dentre outros.

Tendo em vista a necessidade de formalizar a solicitação por meio de algo que esteja devidamente registrado, visando à credibilidade da mesma, destacaremos alguns pontos que incidirão no momento da escrita, e que, diga-se de passagem, precisam de nossa atenção.

Como se trata de uma comunicação realizada de forma coletiva, embora endereçada a um destinatário específico, a estrutura assemelha-se àquela presente nas cartas. Vejamos, pois:

# Vocativo – Relaciona-se à pessoa para a qual a solicitação é destinada, acompanhada do devido pronome de tratamento, relacionando-o ao cargo/função desempenhado. Como por exemplo: Excelentíssimo Governador, Ilustríssimo Prefeito, dentre outros.

# Corpo do texto – Constitui-se pela exposição da mensagem em si, procurando reforçá-la por meio de argumentos sólidos que justifiquem o objetivo pretendido.

# Local, data e assinaturas dos solicitantes – permite-se que sejam anexados dados pessoais junto às assinaturas, tais como número do documento de identidade, endereço, profissão, dentre outros.

Painel

Vivenciamos as mais diversas situações comunicativas, mediante nossa condição de seres eminentemente sociais, cujas finalidades comunicativas também se mostram distintas, a depender dos fatos circunstanciais em que se estabelece a relação entre os interlocutores. Dessa forma, como estamos nos referindo aos gêneros textuais, torna-se passível mencionar que há aqueles de natureza oral, cujos participantes se posicionam frente a um determinado assunto e o discutem segundo alguns aspectos que lhe imprimem total pertinência. 
O seminário representa um caso bastante representativo e, semelhantemente a ele, figura-se o painel. Esse, por sua vez, mostra-se recorrente nos ambientes de sala de aula, sobretudo em se tratando de cursos de graduação e pós-graduação. Assim, por meio de um tema específico, geralmente elegido pelo professor, as turmas se dividem e partem em busca de pesquisas e informações que possam dar sustentabilidade ao assunto posto em discussão. Antes de tudo, tal como ocorre no seminário, tudo precisa ser minuciosamente planejado por todos os componentes, de modo a fazer com que cada membro se ocupe de uma determinada função, cuja proposta é chegar a um consenso, a uma resposta acerca do que se busca.

De ampla recorrência em tais ambientes, destaca-se o chamado painel de exposição, no qual as manifestações se revelam pelo fato de que cada grupo possui um mediador, cujo atributo é ser o coordenador das ações desenvolvidas pela equipe, tais como: determinar o tempo de apresentação de cada componente, bem como elaborar questões a serem discutidas durante a apresentação, mediando a participação dos expectadores. Também da competência desse personagem é apresentar uma síntese das ideias discutidas pelo grupo, estando essas em consonância com as de outros autores, a fim de que a credibilidade, tão necessária quanto importante, seja perfeitamente posta em prática.

Durante as apresentações, geralmente contando com a participação de dois grupos, ambas as equipes se posicionam no sentido de debater os pontos de vista que lhes foram atribuídos, podendo haver pontos que divergem entre si, efetivamente ressaltados e discutidos sob o comando do moderador. Pode também haver convergência entre os posicionamentos firmados pelos membros participantes, cujas conclusões se complementam a partir de perspectivas semelhantes entre si. Concluídas as discussões, é chegado o momento de abrir espaço aos expectadores, com vistas a permitir que façam perguntas – orais ou por escrito – aos painelistas, podendo ou não haver abertura para réplica e tréplica. Como procedimento final das apresentações de cada equipe, entra em cena mais uma vez o mediador, cujo intuito é fazer um resumo das conclusões obtidas e agradecer aos participantes.

Mediante as elucidações ora elencadas, torna-se mister afirmar que o painel, além de solidificar ainda mais o inter-relacionamento entre os participantes, corrobora de forma efetiva para o aprimoramento dos conhecimentos, bem como para o desenvolvimento da capacidade argumentativa e do raciocínio de uma forma geral.

Seminário

 

São  muitas as circunstâncias em que você tem de expor seus argumentos, revelar suas ideias, opiniões, enfim, posicionar-se acerca de um determinado assunto. Contudo, não estamos falando da escrita, mas sim de um procedimento essencialmente realizado por meio da oralidade. Dentre as várias circunstâncias comunicativas com as quais temos contato diariamente, surge mais um gênero textual: o seminário.     

Amplamente difundido no meio escolar, acadêmico, científico e técnico, o seminário confere às pessoas que dele participa a oportunidade de apresentar os conhecimentos adquiridos mediante o estudo de um determinado tema. Nesse sentido, torna-se essencial que os apresentadores adotem posturas condizentes com o contexto no qual se encontram inseridos, levando em conta todos os aspectos requeridos pela situação comunicativa em questão. Dessa forma, o objetivo a que se presta o artigo em pauta é exatamente fazer algumas abordagens acerca desse fato, no sentido de fazer com que você, caro (a) usuário (a), mantenha-se a par de todos esses pressupostos. 

A palavra de ordem, num primeiro momento, é “planejamento”. Assim, todo apresentador deve se conscientizar de que o público-alvo espera, “no mínimo”, domínio do conteúdo abordado. Para tanto, cercar-se de todas as informações é imprescindível, sendo essas obtidas por meio de uma pesquisa muito bem preparada, através de livros, meio eletrônico, jornais, revistas, vídeos, etc.

Uma vez elencadas, torna-se necessário elaborar um esquema, no sentido de pontuar aquelas informações importantes, essenciais. O esquema funciona como uma espécie de roteiro que guiará o apresentador. Assim, trabalhando a hipótese de que algumas das principais ideias podem ser esquecidas, entra em ação o roteiro previamente elaborado. Mas isso não dá ao apresentador o direito de “ler” aquilo que anotou, salvo em se tratando de uma citação, proferida por outrem, haja vista que aí não há como proceder de forma diferente.
Outro aspecto reside no fato de que os demais participantes precisam estar em sintonia com tudo aquilo que está sendo apresentado. Principalmente no ambiente escolar, o que mais se constata é a “distribuição de partes”, isto é, cada um fica com uma fala determinada – fato que corrobora tão somente para que o discurso se manifeste como truncado, denotando não haver nenhum entrosamento entre o grupo. Nesse sentido, é essencial que todos estejam bem preparados e dispostos a responder aos questionamentos da plateia. Mas e em relação à postura, como essa deve ser concebida? 

Saiba que se trata de algo notadamente importante, pois a imagem que devemos passar às pessoas que nos assistem tem de ser positiva, a começar pelas vestimentas, gestos, entonações, expressões faciais.  Nesse sentido, antes de tudo, você deve passar uma ideia de respeito para com o público, utilizando-se de um tom de voz que consiga atingir a todos, ou seja, nem estridente ao extremo, nem monótono demais. Posicionar-se de frente é também sinal de postura firme. Mesmo quando há a necessidade de escrever no quadro-negro ou realizar algum procedimento nos recursos audiovisuais, é sempre bom ficar de lado para a plateia, nunca de costas. O uso da linguagem, não menos importante, deve estar de acordo com a situação, sendo essa materializada por uma linguagem formal, totalmente isenta de chavões, gírias, cacoetes ou quaisquer sinais que porventura possam contradizer o “protocolo”.  

Cabe ressaltar, ainda, que a apresentação deve seguir alguns critérios básicos, tais como a abertura, que normalmente fica a cargo do professor ou de uma pessoa designada a tal. Feito isso, é chegado o momento de passar a palavra ao apresentador (a), que explanará acerca do que será abordado durante a apresentação. Na sequência, dá-se início ao desenvolvimento do assunto em pauta e, ao final, faz-se uma retomada daquilo que foi falado, bem como se apresentam as conclusões a que o grupo chegou mediante o trabalho realizado.

Postas em prática tais ações, a conquista de bons resultados é fato certeiro, sempre lembrando que o fator “tempo” também impera nessas questões, principalmente quando outros grupos também deverão realizar um seminário. Respeito e cordialidade nunca são demais!


 




 

 



 





 

 



 


 


 

 


 



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